Julho amarelo alerta sobre os cuidados de prevenção das hepatites 21/07/2020 - 11:34

A Secretaria da Saúde do Paraná reforça ainda durante todo o mês de julho as ações de prevenção e atenção às hepatites, com atividades direcionadas a profissionais que atuam diretamente no atendimento à população.

O Julho Amarelo foi instituído em todo o país, no ano passado, para ressaltar que existe diagnóstico precoce e tratamentos para as hepatites no Sistema Único de Saúde (SUS). As hepatites são um grupo de doenças que provocam inflamação do fígado e as mais frequentes são as virais.

“Hoje, temos disponíveis várias ferramentas eficazes para o combate às hepatites, como a vacina; que garante a prevenção das hepatites A e B, além dos testes rápidos, exames laboratoriais e medicamentos fornecidos na Rede Estadual“,  destaca o secretário da Saúde do Paraná, Beto Preto.
 

“Neste momento, em que a  Covid-19 é o foco do sistema de saúde em todo o mundo, é muito importante o alerta e reforço da vigilância para as doenças que podem ser prevenidas. Na maioria das vezes as hepatites são silenciosas, ou seja, não apresentam sintomas, por isso a necessidade de estarmos atentos evitando que pessoas se contaminem e que precisem de internamento”, salienta o secretário.

Hepatites - A hepatite A está associada à ingestão de água ou de alimentos contaminados. Existe vacina para este tipo de infecção; está disponível na rede pública e deve ser recebida aos 15 meses de idade.

A hepatite B também tem vacina, recomendada em quatro doses também na infância. A principal indicação é para que os bebês recebam a primeira em até 24 horas após o nascimento. A hepatite B é uma doença crônica e, caso não haja diagnóstico,  pode evoluir por muitos anos provocando  agravos como cirrose, câncer e a falência do fígado.

“A vacina da hepatite B passou a fazer parte do calendário nacional de imunização na década de 90; então as pessoas na faixa de 20 anos já devem ter sido vacinadas anteriormente e hoje estão protegidas. Mas quem está acima desta faixa deve estar atento e verificar a situação em relação à hepatite e se proteger; esta vacina está disponível para todas as faixas etárias”, explica a chefe da Divisão de Doenças Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis da Sesa, Mara Franzoloso.

Já para a hepatite C ainda não há vacina. No entanto, existe tratamento eficaz  com a cura total da infecção.

Sintomas - Ainda que silenciosa na maioria dos casos, a hepatite pode apresentar sintomas tais como: mal-estar, fraqueza, dor de cabeça, febre baixa, falta de apetite, cansaço, náuseas e desconforto abdominal na região do fígado, icterícia (olhos e pele amarelados), fezes esbranquiçadas e urina escura.

Informações – A Sesa reforçará todas as orientações sobre a importância da prevenção, diagnóstico precoce e manejo das hepatites em vídeoconferência para profissionais das 22 Regionais de Saúde e dos serviços especializados do estado, no próximo dia 27, com início às 9 horas.

“Vamos abordar vários temas relacionados às hepatites, principalmente, sobre testes rápidos devem ser incentivados em todo estado, sempre com o objetivo de alertar e proteger a população, ampliando o diagnóstico e orientando para tratamento”, informa a chefe da divisão.

Na programação, assuntos como: evolução clínica, medicamentos e impacto da pandemia de Covid-19 nos casos e tratamento das hepatites. “O Julho Amarelo é uma ação que visa a prevenção por meio do conhecimento, capacitação e atualização de informações. A meta do Ministério da Saúde e da Secretaria da Saúde do Paraná é eliminar a hepatite C até o ano de 2030”, complementa Mara Franzoloso.

Dados – As notificações para estes três tipos de hepatites apresentaram redução no Paraná entre 2018 e 2019. A hepatite A registrou 54 casos em 2018 e, em 2019, houve uma redução para 47 casos.

A hepatite B teve 1.928 casos em 2018 e, no ano passado, reduziu para 1.910 casos.

Em relação à hepatite C, em 2018 foram 1.537 casos e, em 2019, 1.503 confirmações.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, estima-se que 400 milhões de pessoas em todo mundo estejam infectadas pelos vírus das hepatites B e C; apenas uma em cada 20 apresenta sintomas, e uma em cada 100 segue em tratamento.