HIV/Aids

Aids

 

A aids é a doença causada pela infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV é a sigla em inglês). Esse vírus ataca o sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. O vírus é capaz de alterar o DNA dessa célula e fazer cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.

 

Os pacientes soropositivos, que têm ou não AIDS, podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomam as devidas medidas de prevenção. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações.

 


 

HIV

 

O HIV é um retrovírus, classificado na subfamília dos Lentiviridae e é uma Infecção Sexualmente Transmissível. Esses vírus compartilham algumas propriedades comuns, como por exemplo:

  • período de incubação prolongado antes do surgimento dos sintomas da doença;
  • infecção das células do sangue e do sistema nervoso;
  • supressão do sistema imune.

 

Ter HIV não é o mesmo que ter Aids. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença.

 


 

O que é sistema imunológico?

 

O corpo reage diariamente aos ataques de bactérias, vírus e outros micróbios, por meio do sistema imunológico. Muito complexa, essa barreira é composta por milhões de células de diferentes tipos e com diferentes funções, responsáveis por garantir a defesa do organismo e por manter o corpo funcionando livre de doenças.

Entre as células de defesa estão os linfócitos T-CD4+, principais alvos do HIV, vírus causador da aids, e do HTLV, vírus causador de outro tipo de doença sexualmente transmissível. São esses glóbulos brancos que organizam e comandam a resposta diante dos agressores. Produzidos na glândula timo, eles aprendem a memorizar, reconhecer e destruir os microrganismos estranhos que entram no corpo humano.

O HIV liga-se a um componente da membrana dessa célula, o CD4, penetrando no seu interior para se multiplicar. Com isso, o sistema de defesa vai pouco a pouco perdendo a capacidade de responder adequadamente, tornando o corpo mais vulnerável a doenças. Quando o organismo não tem mais forças para combater esses agentes externos, a pessoa começar a ficar doente mais facilmente e então se diz que tem aids.

 

Todas as pessoas diagnosticadas com HIV têm direito a iniciar o tratamento com antirretrovirais imediatamente, e, assim, poupar o seu sistema imunológico. Esses medicamentos (coquetel) impedem que o vírus se replique dentro das células T-CD4+ e evitam, assim, que a imunidade caia e que a aids apareça.

 


 

O que é janela imunológica?

 

Janela imunológica é o intervalo de tempo decorrido entre a infecção pelo HIV até a primeira detecção de anticorpos anti-HIV produzidos pelo sistema de defesa do organismo. Na maioria dos casos, a duração da janela imunológica é de 30 dias. Porém, esse período pode variar, dependendo da reação do organismo do indivíduo frente à infecção e do tipo do teste (método utilizado e sensibilidade).

Se um teste para detecção de anticorpos anti-HIV é realizado durante o período da janela imunológica, há a possibilidade de gerar um resultado não reagente, mesmo que a pessoa esteja infectada. Dessa forma, recomenda-se que, nos casos de testes com resultados não reagentes em que permaneça a suspeita de infecção pelo HIV, a testagem seja repetida após 30 dias com a coleta de uma nova amostra.

É importante ressaltar que, no período de janela imunológica, o vírus do HIV já pode ser transmitido, mesmo nos casos em que o resultado do teste que detecta anticorpos anti-HIV for não reagente.

 


 

Como ocorre a transmissão da AIDS / HIV?

 

A transmissão do HIV e, por consequência da AIDS, acontece das seguintes formas:

  • Sexo vaginal sem camisinha.
  • Sexo anal sem camisinha.
  • Sexo oral sem camisinha.
  • Uso de seringa por mais de uma pessoa.
  • Transfusão de sangue contaminado.
  • Da mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na amamentação.
  • Instrumentos que furam ou cortam não esterilizados.

 

Condutas que não transmitem a Aids

 

É importante quebrar mitos e tabus, esclarecendo que a pessoa infectada com HIV ou que já tenha manifestado a AIDS não transmitem a doença das seguintes formas:

  • Sexo, desde que se use corretamente a camisinha.
  • Masturbação a dois.
  • Beijo no rosto ou na boca.
  • Suor e lágrima.
  • Picada de inseto.
  • Aperto de mão ou abraço.
  • Sabonete/toalha/lençóis.
  • Talheres/copos.
  • Assento de ônibus.
  • Piscina.
  • Banheiro.
  • Doação de sangue.
  • Pelo ar.

 


 

Como é feito o diagnóstico?

 

Conhecer o quanto antes a sorologia positiva para o HIV aumenta muito a expectativa de vida de uma pessoa que vive com o vírus. Quem se testa com regularidade, busca tratamento no tempo certo e segue as recomendações da equipe de saúde ganha muito em qualidade de vida.

Por isso, se você passou por uma situação de risco, como ter feito sexo desprotegido ou compartilhado seringas, faça o teste anti-HIV. O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito a partir da coleta de sangue ou por fluido oral. No Brasil, temos os exames laboratoriais e os testes rápidos, que detectam os anticorpos contra o HIV em cerca de 30 minutos. Esses testes são realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nas unidades da rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA).

Os exames podem ser feitos de forma anônima. Nesses centros, além da coleta e da execução dos testes, há um processo de aconselhamento para facilitar a correta interpretação do resultado pelo(a) usuário(a). Também é possível saber onde fazer o teste pelo Disque Saúde (136).

 

As mães que vivem com HIV têm 99% de chance de terem filhos sem o HIV se seguirem o tratamento recomendado durante o pré-natal, parto e pós-parto.

 


 

Quais são os sintomas?

 

Quando ocorre a infecção pelo vírus causador da aids, o sistema imunológico começa a ser atacado. E é na primeira fase, chamada de infecção aguda, que ocorre a incubação do HIV (tempo da exposição ao vírus até o surgimento dos primeiros sinais da doença). Esse período varia de três a seis semanas. E o organismo leva de 30 a 60 dias após a infecção para produzir anticorpos anti-HIV. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa despercebida.

A próxima fase é marcada pela forte interação entre as células de defesa e as constantes e rápidas mutações do vírus. Mas isso não enfraquece o organismo o suficiente para permitir novas doenças, pois os vírus amadurecem e morrem de forma equilibrada. Esse período, que pode durar muitos anos, é chamado de assintomático.

Com o frequente ataque, as células de defesa começam a funcionar com menos eficiência até serem destruídas. O organismo fica cada vez mais fraco e vulnerável a infecções comuns. A fase sintomática inicial é caracterizada pela alta redução dos linfócitos T CD4+ (glóbulos brancos do sistema imunológico) que chegam a ficar abaixo de 200 unidades por mm³ de sangue. Em adultos saudáveis, esse valor varia entre 800 a 1.200 unidades. Os sintomas mais comuns nessa fase são: febre, diarreia, suores noturnos e emagrecimento.

A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas, que recebem esse nome por se aproveitarem da fraqueza do organismo. Com isso, atinge-se o estágio mais avançado da doença, a aids. Quem chega a essa fase, por não saber da sua infecção ou não seguir o tratamento indicado pela equipe de saúde, pode sofrer de hepatites virais, tuberculose, pneumonia, toxoplasmose e alguns tipos de câncer. Por isso, sempre que você transar sem camisinha ou passar por alguma outra situação de risco, procure uma unidade de saúde imediatamente, informe-se sobre a Profilaxia Pós-Exposição (PEP) e faça o teste.

 


 

Tratamento

 

Nos últimos anos, foram obtidos grandes avanços no conhecimento da patogênese da infecção pelo HIV e várias drogas anti-retrovirais em uso combinado, chamado de “coquetel”, se mostram eficazes na elevação da contagem de linfócitos T CD4+ e redução nos títulos plasmáticos de RNA do HIV (carga viral), diminuindo a progressão da doença e levando a uma redução da incidência das complicações oportunísticas, uma redução da mortalidade, uma maior sobrevida, bem como a uma significativa melhora na qualidade de vida dos indivíduos.

A partir de 1995, o tratamento com monoterapia foi abandonado, passando a ser recomendação, do Ministério da Saúde, a utilização de terapia combinada com 2 ou mais drogas antiretrovirais. São numerosas as possibilidades de squemas terapêuticos indicados pela Coordenação Nacional de DST e AIDS, que variam, em adultos e crianças, com curso ou não de doenças oportunísticas, com tamanho da carga viral e dosagem de CD4+.

Por esse motivo, recomenda-se a leitura do “Recomendações para Terapia Anti-Retroviral em Crianças Infectadas pelo HIV-2004” e do “Recomendações para Terapia Anti-Retroviral em Adultos e Adolescentes Infectados pelo HIV-2004”, ambos distribuídos pelo Ministério da Saúde e Secretarias Estaduais de Saúde para instituições que manejam esses pacientes. Não menos importante é enfatizar que o Brasil é um dos poucos países que financia integralmente a assistência ao paciente com aids, com uma estimativa de gastos, de 2% do orçamento nacional.

 


 

 

Aids em crianças

 

Critérios de definição de caso de aids em crianças (menores de 13 anos)

Critério CDC adaptado:

  • Evidência laboratorial da infecção pelo HIV em crianças para fins de vigilância epidemiológica
  • Evidência de imunodeficiência
  • Diagnóstico de pelo menos duas (2) doenças indicativas de aids de caráter leve

e/ou

  • Diagnóstico de pelo menos uma (1) doença indicativa de aids de caráter moderado ou grave

e/ou

  • Contagem de linfócitos T CD4+ menor do que o esperado para a idade atual

ou

  • Critério excepcional óbito
  • Menção de AIDS/SIDA (ou termos equivalentes) em algum dos campos da Declaração de Óbito (DO)
  • Investigação epidemiológica inconclusiva

ou

  • Menção de infecção pelo HIV (ou termos equivalentes) em algum dos campos da DO, além de doença(s) associada(s) à infecção pelo HIV.
  • Investigação epidemiológica inconclusiva

 

Notas explicativas

Evidência laboratorial da infecção pelo HIV em crianças para fins epidemiológicos: Para as crianças menores de 18 meses de idade, expostas ao HIV por transmissão vertical, considera-se criança infectada quando houver a presença de RNA ou DNA viral detectável acima de 1.000 cópias/ml em duas amostras (testes de carga viral) obtidas em momentos diferentes. Apesar da possibilidade da realização desses testes após duas semanas de vida, o Ministério da Saúde preconiza que as amostras testadas sejam coletadas após o segundo mês de vida, devido ao aumento da sensibilidade observado a partir dessa idade.

Crianças com 18 meses ou mais de idade, expostas ao HIV por transmissão vertical, serão consideradas infectadas pelo HIV quando uma amostra de soro for reativa em dois (2) testes de triagem ou um (1) confirmatório para pesquisa de anticorpos anti-HIV.

Em crianças de qualquer idade, cuja exposição ao HIV tenha sido outra forma de transmissão que não a vertical, o diagnóstico laboratorial de infecção pelo HIV será confirmado quando uma amostra de soro for reativa em dois (2) testes de triagem ou um (1) confirmatório para pesquisa de anticorpos anti-HIV. A definição da gravidade das doenças, sinais e/ou sintomas corresponde às categorias da classificação clínica do Centers for Disease Control and Prevention (CDC 1994), tendo-se incluído a tuberculose como morbidade de gravidade moderada e excluída a coccidioidomicose pela pouca expressão epidemiológica no País.

 

  • Doenças, sinais e sintomas de caráter leve

    • Aumento crônico de parótida;
    • Dermatite persistente;
    • Esplenomegalia;
    • Hepatomegalia;
    • Linfadenopatia e infecções persistentes ou recorrentes de vias aéreas superiores (otite média ou sinusite).
  • Doenças, sinais e sintomas de caráter moderado

    • Anemia (mais de 30 dias);
    • Candidose oral resistente a tratamento (mais de 2 meses em maiores de 6 meses de idade);
    • Diarréia persistente ou crônica; febre (mais de 1 mês);
    • Gengivo-estomatite herpética recorrente (2 episódios em 1 ano); hepatite;
    • Herpes simples em brônquios, pulmões ou trato gastrintestinal antes de 1 mês de idade;
    • Herpes zoster (2 episódios ou mais de 1 dermátomo);
    • Infecção por citomegalovirus antes de 1 mês de idade;
    • Leiomiossarcoma;
    • Meningite bacteriana, pneumonia ou sepse;
    • Miocardiopatia;
    • Nefropatia;
    • Linfopenia;
    • Neutropenia (mais de 1 mês);
    • Nocardiose;
    • Pneumonia linfóide intersticial;
    • Toxoplasmose antes de 1 mês de idade;
    • Trombocitopenia (mais de 1 mês);
    • Tuberculose pulmonar;
    • Varicela disseminada.
  • Doenças, sinais e sintomas de caráter grave

    • Candidose de esôfago;
    • Traqueia, brônquios ou pulmões;
    • Citomegalovirose em qualquer local que não sejam fígado, baço e linfonodos em maiores de 1 mês de idade;
    • Criptococose pulmonar;
    • Criptosporidiose, com diarreia (mais de 1 mês);
    • Encefalopatia determinada pelo HIV;
    • Herpes simples em brônquios, pulmões ou trato gastrintestinal;
    • Herpes simples mucocutâneo (mais de 1 mês) em crianças com mais de 1 mês de idade;
    • Histoplasmose disseminada (em órgãos que não sejam pulmões ou linfonodos cervicais/hilares;
    • Infecções bacterianas graves múltiplas e recorrentes (2 episódios em 2 anos, confirmados bacteriologicamente; isosporidiose intestinal crônica (mais de 1 mês);
    • Leucoencefalopatia multifocal progressiva;
    • Linfoma não Hodgkin de células B;
    • Linfoma primário de cérebro;
    • Pneumonia por Pneumocystis carinii: qualquer micobacteriose disseminada em órgãos que não o pulmão, pele ou linfonodos cervicais/hilares (exceto tuberculose ou hanseníase);
    • Sarcoma de Kaposi;
    • Sepse recorrente por Salmonella não tifoide;
    • Síndrome da emaciação;
    • Toxoplasmose cerebral em crianças com mais de 1 mês de idade e tuberculose disseminada ou extrapulmonar.

 

Contagem de linfócitos t cd4+ definidora de imunodeficiência de acordo com a idade

Inferior a 12 meses de idade<1.500 células por mm3 < 25%), 1 a 5 anos: <1.000 células por mm3 (< 25%), 6 a 12 anos: <500 células por mm3 (< 25%).

Define-se como investigação epidemiológica inconclusiva aquela em que, após a busca em prontuários, o caso não puder ser descartado ou enquadrado num dos critérios principais, pelo não registro de dados clínicos/laboratoriais.

A data do diagnóstico na ficha de notificação/investigação é aquela em que o indivíduo se enquadra em um dos critérios de definição de caso de aids, ou seja, tenha evidência clínica e laboratorial, exceto quando se trata do critério óbito. Nesse caso a data do diagnóstico é igual à data do óbito.

 


 

Dúvidas frequentes

 

 
Atualmente, ainda há a distinção entre grupo de risco e grupo de não risco?

Essa distinção não existe mais. No começo da epidemia, pelo fato da aids atingir, principalmente, os homens homossexuais, os usuários de drogas injetáveis e os hemofílicos, eles eram, à época, considerados grupos de risco. Atualmente, fala-se em comportamento de risco e não mais em grupo de risco, pois o vírus passou a se espalhar de forma geral, não mais se concentrando apenas nesses grupos específicos. Por exemplo, o número de heterossexuais infectados por HIV tem aumentado proporcionalmente com a epidemia nos últimos anos, principalmente entre mulheres.

 
O que se considera um comportamento de risco, que possa vir a ocasionar uma infecção pelo vírus da aids (HIV)?

Relação sexual (homo ou heterossexual) com pessoa infectada sem o uso de preservativos; compartilhamento de seringas e agulhas, principalmente, no uso de drogas injetáveis; reutilização de objetos perfurocortantes com presença de sangue ou fluidos contaminados pelo HIV.

 
Qual o tempo de sobrevida de um indivíduo portador do HIV?

Até o começo da década de 1990, a aids era considerada uma doença que levava à morte em um prazo relativamente curto. Porém, com o surgimento do coquetel (combinação de medicamentos responsáveis pelo atual tratamento de pacientes HIV positivo) as pessoas infectadas passaram a viver mais. Esse coquetel é capaz de manter a carga viral do sangue baixa, o que diminui os danos causados pelo HIV no organismo e aumenta o tempo de vida da pessoa infectada.

O tempo de sobrevida (ou seja, os anos de vida pós-infecção) é indefinido e varia de indivíduo para indivíduo. Por exemplo, algumas pessoas começaram a usar o coquetel em meados dos anos noventa e ainda hoje gozam de boa saúde. Outras apresentam complicações mais cedo e têm reações adversas aos medicamentos. Há, ainda, casos de pessoas que, mesmo com os remédios, têm infecções oportunistas (infecções que se instalam, aproveitando-se de um momento de fragilidade do sistema de defesa do corpo, o sistema imunológico).

 
Quanto tempo o HIV sobrevive em ambiente externo?

O vírus da aids é bastante sensível ao meio externo. Estima-se que ele possa viver em torno de uma hora fora do organismo humano. Graças a uma variedade de agentes físicos (calor, por exemplo) e químicos (água sanitária, glutaraldeído, álcool, água oxigenada) pode tornar-se inativo rapidamente.

 


 

Documentos Relacionados

 

 


 

Apresentações de videoconferência TB/HIV

 

 


 

Links Relacionados

 

 


 

 
Vigilância epidemiológica e controle
 
Objetivos

Prevenir a transmissão e disseminação do HIV e reduzir a morbimortalidade associada à essa infecção.

 
Notificação

Somente os casos confirmados deverão ser notificados ao Ministério da Saúde.

 
Definição de caso

Entende-se por caso de aids o indivíduo que se enquadra nas definições adotadas pelo Ministério da Saúde: infecção avançada pelo HIV com repercussão no sistema imunitário, com ou sem ocorrência de sinais e sintomas causados pelo próprio HIV ou consequentes a doenças oportunísticas (infecções e neoplasias). Os critérios para caracterização de casos de aids estão descritos na publicação Critérios de definição de casos de aids em adultos e crianças (2004). Essas definições estão resumidas logo mais adiante.

 
Medidas de controle
  • Prevenção da transmissão sexual: Baseia-se na informação e educação visando a prática do sexo seguro pela redução do número de parceiros e uso de preservativos.
  • Prevenção da transmissão sanguínea
 
Transfusão de sangue

Todo o sangue para ser transfundido deve ser obrigatoriamente testado para detecção de anticorpo santi - HIV. A exclusão de doadores em situação de risco aumenta a segurança da transfusão, principalmente por causa da “janela imunológica”.

 
Hemoderivados

Os produtos derivados de sangue, que podem transmitir o HIV, devem passar por processo de inativação do vírus.

 
Injeções e instrumentos perfurocortantes

Quando não forem descartáveis devem ser meticulosamente limpos para depois serem desinfetados e esterilizados. Os materiais descartáveis, após utilizados, devem ser acondicionados em caixas apropriadas, com paredes duras, para que acidentes sejam evitados. O HIV é muito sensível aos métodos padronizados de esterilização e desinfecção (de alta eficácia), sendo inativado por meio de produtos químicos específicos e do calor, mas não inativado por irradiação ou raios gama.

 
Prevenção da transmissão perinatal

É feita com uso de zudovidina (AZT) durante gestação e parto por mulheres infectadas pelo HIV e o AZT xarope por crianças expostas, que deverão ser alimentadas exclusivamente com fórmula infantil. Outras orientações do Ministério da Saúde como o parto cesáreo e diminuição do tempo de rotura das membranas também contribuem para a redução da transmissão vertical. No entanto, a prevenção da infecção na mulher é ainda a melhor abordagem para se evitar a transmissão da mãe para o filho.

 
Prevenção de outras formas de transmissão

Como doação de sêmen e órgãos: é feita por uma rigorosa triagem dos doadores.