Arena da Baixada recebe iluminação especial em comemoração ao Dia Mundial do Doador de Medula Óssea 20/09/2019 - 19:10

Dia Mundial do Doador de Medula Óssea
Todos os anos, no terceiro sábado do mês de setembro, é celebrado o Dia Mundial do Doador de Medula Óssea - World Marrow Donor Day (WMDD). Comemorado este ano no próximo sábado (21), o objetivo é difundir a informação sobre o tema e promover ações de conscientização sobre a importância de ser um doador voluntário de medula além de homenagear os doadores.

Como parte da celebração, o desafio lançado para as cidades foi que um ponto turístico fosse iluminado com as cores da campanha. Portanto, a partir desta sexta-feira (20) e até o próximo domingo (22), será possível ver o Estádio Joaquim Américo Guimarães, popularmente chamado de Arena da Baixada, nas cores azul, branco e vermelho.

O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar) é responsável pelo maior número de cadastros de doadores de medula óssea no Estado. Quase 34 mil paranaenses por ano são cadastrados no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome).  Segundo dados do Redome, no Brasil 4,9 milhões de pessoas estão cadastradas como doadores de medula óssea. No Paraná o número é de 519 mil.

O transplante de medula óssea pode ajudar no tratamento de até 80 doenças, como leucemia, anemia e câncer, em diferentes estágios e faixas etárias. Um fator que dificulta a realização do procedimento é a falta de doador compatível, já que as chances de encontrar um cadastro conciliável são de uma em cada 100 mil pessoas, em média.
No Paraná, em 2018, foram realizados 234 transplantes de medula óssea e até agosto deste ano já foram 158.

De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, o ato de se tornar um doador é um gesto de solidariedade. “Ser doador de medula óssea é um exercício de cidadania de máxima importância. Como doador temos em nossas mãos a chance de salvar vidas, podemos fazer a diferença na vida de quem precisa de uma chance para viver”, disse o secretário.

A bióloga do Hemepar, Jaqueline Morcelli Castro, responsável por encontrar doadores compatíveis, explica que o maior problema durante a busca é a desatualização das informações do cadastrado. “Muitas vezes é confirmada a compatibilidade, mas não conseguimos encontrar o cadastrado. Por isso, é imprescindível que o doador mantenha o cadastro no Redome com os dados de telefone e endereço mais recentes”.

Jaqueline ainda faz um apelo para que as pessoas se mobilizem por essa causa. “Existem hoje, no Brasil, 850 pacientes esperando por um doador de medula compatível. Este doador é a única esperança de vida para eles. Quem sabe esse doador pode ser você. Procure um Hemocentro e se cadastre como doador de medula. Você pode ser o herói de alguém.”

PROCEDIMENTO – Existem três formas de doar medula: pelo cordão umbilical, sangue periférico ou punção - sendo as duas últimas as mais comuns. O método por punção retira, com agulha, a medula armazenada no osso da bacia.

O procedimento de sangue periférico, também chamado de aférese, é realizado como uma doação de sangue normal. “Parecem métodos complicados, mas são muito simples e duram, em média, 90 minutos. É uma ação muito nobre que garante a qualidade e a continuidade de uma vida”, explica a diretora do Hemepar, Liana Andrade Labres de Souza.

DOAÇÃO DE MEDULA – Para se tornar um doador de medula óssea é necessário ter entre 18 e 55 anos de idade, estar em bom estado de saúde, não ter doença infecciosa, incapacitante ou neoplásica, como câncer, hematológica ou do sistema imunológico.

O interessado em se tornar um doador deve ir até o Hemocentro mais próximo e realizar cadastro no Redome. Após essa etapa, é coletada uma pequena amostra de sangue para constar nos registros de compatibilidade.