Julho Amarelo marca o mês de conscientização e prevenção às hepatites virais 09/07/2019 - 16:40

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Reforçar as medidas de prevenção às hepatites virais, bem como o tratamento correto da doença, está entre os principais objetivos da Secretaria de Estado da Saúde, juntamente com a Divisão de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis, Hepatites Virais e Tuberculose (DVDST) na campanha do Julho Amarelo.

No dia 25 serão realizadas ações de testagem rápida para diagnóstico das hepatites virais na Boca Maldita, em Curitiba, em parceria com o Sesc (Serviço Social do Comércio) e a Sesa.   

As Regionais de Saúde do Estado também farão ações pontuais próximas ao dia 28, data em que é celebrado o Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais. A hepatite viral é uma doença infecciosa que se aloja especialmente no fígado, causada por vírus.

“Muito importante chamar atenção sobre o cuidado com as hepatites virais. Por isso mesmo, a informação é fundamental para que a nossa população fique atenta, especialmente com os cuidados simples e que podem auxiliar em muito na prevenção. É o mês de reafirmar ações contundentes sobre o assunto. E que cada um possa ser um multiplicador destes cuidados”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

A DVDST é o setor responsável dentro da Sesa pela implementação, articulação, supervisão e monitoramento das políticas e estratégias das doenças em todo o Estado do Paraná, em parceria com as coordenações das 22 Regionais de Saúde. 

Instituído por Lei, durante um mês as ações e campanhas de prevenção e dicas relacionadas à luta contra a doença serão reforçadas em todo o Estado, visando a prevenção das hepatites A, B e C, que são as mais comuns.

Dentro das prioridades estaduais da DST/Aids, recomendadas pelo Ministério da Saúde, as hepatites B e C estão inseridas na prioridade número 2 (ampliar o diagnóstico e o tratamento das hepatites virais, com foco na hepatite C). A Sesa, juntamente com a DVDST, alerta a população sobre cuidados para evitar as hepatites virais. O principal objetivo da pasta é intensificar a prevenção e o controle da doença no Estado, estimulando a vacinação contra a hepatite B e a busca pelo diagnóstico precoce para evitar futuras complicações.

SINTOMAS - Ainda que silenciosa, a hepatite pode apresentar sintomas tais como: mal-estar, fraqueza, dor de cabeça, febre baixa, falta de apetite, cansaço, náuseas e desconforto abdominal na região do fígado, icterícia (olhos e pele amarelados), fezes esbranquiçadas e urina escura. 

PREVENÇÃO - Algumas medidas simples podem evitar a doença: lavar bem as mãos; ingerir somente água filtrada ou fervida; lavar bem os alimentos antes do consumo; sempre usar preservativos nas relações sexuais; evitar contato com sangue; exigir material esterilizado ou descartável em consultórios médicos, dentários, salões de beleza, estúdios de tatuagem e colocação de piercing; não compartilhar agulhas ou seringas, lâminas de barbear, escova de dentes, entre outros hábitos de higiene padrão.

DIAGNÓSTICO - O diagnóstico da doença é feito através de teste rápido e/ou sorologia.  Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece esses testes para diagnóstico das hepatites B e C, e caso necessário, disponibiliza tratamentos para a doença, ambos os serviços são gratuitos.

O teste rápido é uma forma simples e acessível de diagnosticar a doença e é feito por meio de punção digital. O resultado fica pronto em no máximo 30 minutos.

No Paraná a taxa de detecção de hepatite B teve uma redução de 10%, quando comparado o ano de 2010 (15,9/100 mil habitantes) com o ano de 2018 (14,3/100 mil habitantes). Nesse mesmo período a taxa de detecção para hepatite C se manteve estável (9,4/100 mil habitantes em 2010 e 9,3/100 mil habitantes em 2018).

“A introdução dos novos medicamentos de ação direta  para tratamento de hepatite C mudou radicalmente o panorama epidemiológico da doença. Medicamentos bem tolerados e mais seguros possibilitam tratamentos altamente eficazes, tornando-se possível a eliminação da doença”, comenta Mara Carmen Ribeiro Franzoloso, chefe da DVDST.

O Brasil é signatário do documento firmado em 2016 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), intitulado “Global Health Sector Strategy on Viral Hepatitis 2016-2021: Towards Ending Viral Hepatitis”, que visa ao estabelecimento de estratégias globais capazes de atingir a meta de eliminação das hepatites virais como um problema de saúde pública até 2030, reduzindo os novos casos em 90% e em 65% a mortalidade a elas associada.