Mais qualidade para o leite materno coletado no Paraná 04/06/2019 - 16:50

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Representantes da Comissão de Leite Humano do Paraná participaram hoje (04) de reunião na Secretaria da Saúde do Paraná, para o alinhamento de processos que garantam a qualidade do leite coletado e distribuído no Estado.

Integram a comissão representantes dos 13 Bancos de Leite Materno do Paraná, técnicos da Vigilância Sanitária e da Divisão de Saúde da Criança e do Adolescente da Sesa.

A enfermeira Márcia Benevenuto de Oliveira, coordenadora do Banco de Leite de Londrina, informou que os procedimentos adotados para coleta, processamento e distribuição do leite materno no Paraná são considerados modelo no país. “Com a parceria do governo do Estado, neste trabalho de Vigilância e garantia da qualidade do leite, conquistamos seguidamente a condição de referência nacional”, afirmou.

Mas, segundo a coordenadora, apesar do estado ser modelo, o volume coletado ainda não atende a demanda. “Nos primeiros quatro meses do ano ofertamos 6 mil litros de leite humano, volume que atendeu 55% dos bebês prematuros nascidos no Estado. E esta é uma questão nacional, não apenas do Paraná: precisamos estimular e sensibilizar mais mulheres para a doação, lembrando sempre que este é um ato de amor e salva vidas”, afirmou.

O último levantamento do Banco de Leite mostra que o Paraná coletou, no ano de 2018, aproximadamente 16 mil litros de leite materno e atendeu 8.026 bebês prematuros. Segundo a nutricionista da Vigilância Sanitária da Sesa, Rúbia Gessian Schlegel, todo o leite materno distribuído no estado passa por fiscalização. “Acompanhamos o trabalho em todos os bancos de leite, avaliando a estrutura física, recursos humanos e processos técnicos de pasteurização e distribuição”, explicou.

IMPORTÂNCIA – “O leite materno é fundamental para a saúde dos bebês prematuros. É alimento “padrão ouro” e contém todos os nutrientes adequados, como as vitaminas e proteínas necessárias para a proteção da criança contra doenças como diarreia, pneumonia e dor de ouvido”, disse Márcia Benevenuto.

A enfermeira da Divisão de Saúde da Criança e Adolescente, Jéssica Dinardi, informou que o trabalho no sentido de incentivar as mulheres à doação é permanente. “No ano passado registramos 13.501 doadoras; realizamos mais de 8 mil atendimentos em grupos de mães e mais de 25 mil atendimentos individuais àa mães, com orientações sobre a importância da doação e a maneira correta de fazer os procedimentos. Nestes contatos sempre estimulamos a doação destacando que é um ato simples e que salva milhares de vidas”, complementou Jéssica.