População tem papel importante no combate à dengue 08/02/2019 - 17:50

Fumace
Na próxima semana, a Secretaria da Saúde do Paraná começa a aplicação de inseticida com 10 carros de fumacê em bairros do município de Londrina, para reduzir a infestação do mosquito Aedes egypti. O mesmo processo está em andamento nos municípios de Santa Isabel do Oeste, Capanema e Antonina.

Mas os profissionais da SESA alertam que os melhores resultados só serão obtidos com o engajamento total da população. “De nada adianta aplicar o fumacê para eliminar os mosquitos que estão no ar se existem criadouros em centenas de propriedades particulares”, afirma a médica veterinária Ivana Belmonte, do Centro de Vigilância Ambiental em Saúde da SESA.

O secretário de Saúde de Londrina, Felippe Machado, também alerta para a necessidade de apoio dos moradores para tornar mais efetivo o trabalho que a prefeitura vem fazendo. Ele informa que já foi feito 70% do bloqueio em 25 mil imóveis e, a partir de segunda-feira, o trabalho começa em mais 27 mil imóveis da zona Sul, onde ocorreram os 39 dos 44 casos confirmados da doença no município. “Mas tudo depende da participação da população”, avalia.

O número de casos em Londrina já supera os apresentados durante todo o ano de 2018, quando foram confirmados 43 casos. Com o agravante, de acordo com o secretário municipal, que agora estão em circulação dois tipos de vírus (Den1 e Den2), aumentando os riscos de complicações decorrentes da doença.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a maioria dos criadouros está dentro dos quintais. Por isso também intensificou ações de combate, como parceria com a Secretaria de Educação, para que os alunos sejam sensibilizados e ampliem o alcance das informações para pais e familiares.

“A SESA está trabalhando em parceria com todos os municípios”, conta Ivana Belmonte, tanto na disponibilização de insumos para o combate ao mosquito transmissor como na capacitação dos agentes responsáveis por esse combate. E na orientação da população sobre seu papel para eliminar os focos da doença.

Os criadouros estão em qualquer acúmulo de água parada, por menor que seja; até em tampinhas de garrafa ou pequenos amontoados de folhas secas. Mas são encontrados com maior frequência em lixo, como resíduos plásticos, espalhados pelas ruas. É preciso atuar ativamente mantendo quintais limpos, sem acúmulo de lixo, pneus, garrafas, por exemplo; calhas, marquises e ralos.

Os pratos das plantas podem ser completados com areia grossa até as bordas ou ser lavados com água, bucha e sabão todas as semanas, para eliminar ovos do mosquito. Locais de armazenamento de água devem ser mantidos com tampas.