Secretaria Estadual da Saúde alerta sobre sarampo 02/08/2019 - 14:30

Alerta sobre Sarampo

Medidas preventivas e diagnóstico precoce do sarampo foram temas de reunião nesta sexta-feira (2) na Secretaria da Saúde do Paraná. Participaram do encontro servidores que atuam no atendimento à população nas 22 Regionais de Saúde do Estado.

“O objetivo foi sensibilizar profissionais para que identifiquem e notifiquem imediatamente possíveis casos de sarampo. Hoje, o Paraná não tem casos confirmados. Mas, a doença é altamente contagiosa e atinge o estado vizinho de São Paulo, com 567 casos confirmados pelo Ministério da Saúde. Sabemos ainda que cinco pessoas com suspeita da doença, vindas de São Paulo, passaram pelo nosso estado; então temos que discutir estratégias de prevenção e reforçar as informações junto às áreas técnicas”, explica a diretora e Atenção e Vigilância em Saúde, Maria Goretti David Lopes.

“O Governo do Paraná está em alerta, reforçando as orientações para que os profissionais das nossas unidades estejam atentos e mantenham a agilidade necessária diante de possíveis casos. Nossa ação neste momento é de prevenção”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

Vacina – Os servidores também foram orientados a alertar os usuários dos serviços de saúde sobre a importância da vacina. “A vacina é segura e é a única forma de se evitar a doença”, informa a coordenadora da Divisão de Imunização da Sesa, Vera Rita Maia. “Vamos checar as cadernetas de vacinação e verificar se crianças, jovens e adultos estão realmente imunizados. Quem não estiver com o esquema vacinal em dia, será encaminhado para atualização”, complementa.

A vacina que previne a doença (tríplice viral - VTV) está disponível nas unidades de saúde. As crianças devem receber duas doses, a primeira aos 12 meses, com a tríplice viral, e a segunda quando a criança tiver 1 ano e 3 meses, com a vacina tetraviral.

Crianças com mais idade, adolescentes e jovens não vacinados ou sem comprovação de doses aplicadas, devem tomar duas doses com intervalo de um mês.

Também podem se vacinar, de forma gratuita, pessoas de até 29 anos, tomando duas doses, com intervalo mínimo de 30 dias, e entre 30 e 49 anos, tomando apenas uma dose.

Sarampo - O sarampo é altamente contagioso. “Uma pessoa com a doença pode infectar outras dez, caso não estejam vacinadas”, informa o coordenador da Divisão de Doenças Transmissíveis da Sesa, Renato Lopes.

O vírus do sarampo fica alojado no muco do nariz e da garganta; quando a pessoa contaminada espirra ou tosse, lança as gotículas no ar, espalhando o vírus, que pode permanecer ativo por duas horas.

Os sintomas mais característicos do sarampo são febre alta (maior que 38,5º.C), tosse, coriza e conjuntivite. “Numa segunda etapa, o paciente apresenta o exantema - manchas vermelhas que aparecem inicialmente no rosto e depois se espalham pelo corpo,” complementa.

O sarampo pode provocar infecções respiratórias, otites, doenças diarréicas, doenças neurológicas e deixar sequelas como diminuição da capacidade mental, cegueira e surdez. O agravamento do quadro pode levar ao óbito.

Histórico do sarampo – O início da notificação compulsória da doença no Brasil foi em 1968. No mesmo ano, a vacina anti-sarampo passou a ser disponibilizada na rede pública de saúde.

O grande surto no Paraná foi em 1998, com 873 casos confirmados e um óbito.

O último caso de sarampo confirmado no Paraná foi em 1999, registrado no município de São José dos Pinhais.