Sesa discute planejamento estratégico e Plano de Ação para 2020 18/06/2019 - 17:00

PLANEJAMENTO
Criar mecanismos para medir a eficiência de todas as ações e programas em curso na Secretaria de Estado da Saúde é a primeira providência a ser tomada com o novo Plano de Saúde, que está em discussão na secretaria. Diretores e técnicos discutem o planejamento estratégico com o apoio do representante do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (SUS), o consultor o médico Flávio Shimomura, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, de São Paulo.

“Precisamos criar instrumentos efetivos de mensuração das transferências financeiras feitas pelo Estado para entender o grau e a efetividade destas transferências”, avalia o secretário Beto Preto, que também pretende analisar os programas desenvolvidos pela secretaria e as obras em curso ou paralisadas.

“Nenhum programa foi interrompido por esta gestão”, salienta o secretário, assim como foram mantidos todos os incentivos financeiros. “Nossa primeira preocupação, ao assumir o governo, foi que não houvesse nenhuma interrupção de processos. Mas precisamos avaliar tudo o que está sendo feito e manter apenas o que está dando certo.

“Nosso objetivo é definir estratégias para aplicar melhor o dinheiro público; entender as limitações orçamentárias; cortar onde deve ser cortado e investir nos projetos que atendam a população de forma  macrorregional. A meta da gestão Ratinho Junior é a regionalização da saúde, com investimento em serviços especializados perto da casa do cidadão”.

“Este é um compromisso deste governo”, alerta o secretário - colocar em funcionamento obras paradas e as que estão em construção. Nada pode ser abandonado, “mas não adianta inaugurar prédio sem equipamento e sem recursos humanos para atendimento. Não temos solução pra tudo, mas não se pode inaugurar obra que não esteja efetivamente planejada”.

Tudo isso para evitar inaugurações de ilusão, apenas com instalações físicas sem equipamentos e sem o pessoal necessário para abrir efetivamente aquele determinado serviço.

“Nosso objetivo é de manter os programas e parceiros que apresentam bons resultados, por isso vamos mensurar e avaliar o que foi feito antes de promover a implementação ou a inovação dos programas”, disse Beto Preto na abertura da Oficina de Trabalho que discute o Planejamento Estratégico da Sesa.

INTEGRAL – Planejar é o ponto central da filosofia desta administração, que pretende trabalhar especialmente no aprimoramento da gestão do SUS, o que significa também o fortalecimento da Atenção Primária à Saúde articulada com a Atenção Especializada.

“Quando for atendido um idoso, por exemplo, ele deve ser acolhido de forma integral e não passar mais por vários programas de forma segmentada como acontece hoje”, informa a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti David Lopes.

O plano estadual de saúde também foi discutido na Conferência Estadual realizada na última semana. Aos cerca de 1,2 mil participantes, Beto Preto disse que é preciso atentar para todos os indicadores pactuados. E chamou a atenção para a necessidade de planejamento prévio de obras e serviços públicos no âmbito do SUS.

“É preciso fazer valer uma ferramenta clássica que é antever situação é planejar intervenções”, disse, alertando que tanto a SESA, os municípios e demais prestadores de serviços de saúde devem pensar o processo como um todo – do projeto da obra até a possível contratação de recursos humanos e pelo equipamento.

“Este é o momento de desenhar o plano de ação, ou seja, de definir as ações de curto, médio e longo prazos para cada objetivo”, destaca o secretário. 

Segundo ele, além dos indicadores, é preciso avaliar a questão dos investimentos.

A finalização do mapa estratégico e as ações do Plano de Ação da Sesa devem acontecer até o mês que vem. Flavio Shimomura revela que o Plano apontará o cronograma de ações, com previsão orçamentária e indicadores para o monitoramento e avaliação.