Sesa inova e busca aprimoramento no cuidado em Medicina Fetal 20/12/2019 - 19:00

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Aprimorar os atendimentos de mulheres em gestação de risco e de fetos com malformações é um dos pilares que a saúde pública busca incessantemente no Paraná. Exemplo dessa busca pela saúde pública, são as capacitações constantes realizadas pela Secretaria de Estado da Saúde.

A Medicina Fetal uma das áreas de atuação profissional dedicada à promoção da saúde materno-fetal. Quando são identificados riscos na gestação, classifica-se a grávida de acordo com critérios para os cuidados e atenção direcionados para a saúde primária, secundária ou terciária. Esta subespecialidade da ginecologia, a medicina fetal, busca reduzir e minimizar malformações em bebês ainda no útero materno para garantir que a sua vida transcorra com maior qualidade após o nascimento.

O diretor-superintendente do Complexo Hospital do Trabalhador, Geci Labres de Souza Júnior, explica como a proposta de trabalho voltado ao tema surgiu no Hospital do Trabalhador. “Nós pensamos naquela mãe que teve a notícia de que seu bebê não está totalmente saudável, ela apresenta algum defeito físico, uma infecção ou outro problema que gere uma malformação. Quando detectado isso, além do desespero da família, podem surgir dúvidas para o próprio médico”.

Com essa inquietação, as equipes do Hospital do Trabalhador, da Saúde da Mulher da Sesa e de outros hospitais, identificaram e desenharam uma atividade conjunta e com objetivo de troca de conhecimento. “Assim, a criação de um centro de excelência e um núcleo para debates que tenha condições de equipamento, material e conhecimento auxilia para o esclarecimento das dúvidas, porque nem sempre as questões são de simples resolução ou diagnóstico”, comentou o diretor.

Com o apoio do Governo Estadual e da Secretaria de Saúde do Estado na aquisição de equipamentos será implementado um centro de excelência para a medicina fetal. Dessa forma, os casos de gestação com alguma condição específica serão centralizados para diagnósticos mais complexos e a condução mais adequada do ponto de vista de conhecimento internacional.

NÚCLEO DE MEDICINA FETAL – O Complexo Hospital do Trabalhador institucionalizou o primeiro Núcleo de Medicina Fetal do Paraná. Para o médico do HT, Carlos Alberto Anjos Mansur, o foco de atuação é descentralizar o conhecimento. “O objetivo do Hospital do Trabalhador e do Governo do Paraná e da Sesa é de montar uma unidade central que possa replicar o conhecimento em todo o Paraná para que esse atendimento seja pulverizado em todo o estado para evitar que as pacientes precisem se deslocar para receber o atendimento qualificado”.

O grupo terá como competências a discussão e articulação entre profissionais que atuam com o cuidado e promoção da saúde para o período que precede o nascimento. Não há outro núcleo com caráter semelhante ao que está em institucionalização no Hospital do Trabalhador.

A coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Acácia Nasr, indica que a Sesa atua com a visão de cuidado voltando-se para a qualidade de serviços. “Toda a nossa equipe percebeu a necessidade de fragmentação da rede de cuidado e atenção à saúde da mulher e incluiu essa linha de cuidado detalhada da gestante de forma regionalizada.Tudo isso, para que a mulher e o seu bebê tenham atendimento e a garantia de vida com qualidade”.

O médico Andre Hadyne Miyague, que integra o Núcleo de Medicina Fetal do Hospital do Trabalhador fala sobre a relevância do grupo. “Queremos fazer um serviço de medicina de ponta, ético e acima de tudo, humano. Fazer um serviço nada mais nada menos do que justo. Justo para mim, para você e para todos os pacientes”.

A chefe da Divisão da Saúde da Mulher da Sesa, Carolina Poliquesi, explicou que com o Núcleo o Estado todo será fortalecido. “Será um lugar para o início da regulação, fortalecimento das equipes, capacitação, formulação dos protocolos para aprimorar entre as gestações de alto risco, as que tiverem identificadas situações de malformação”.

Para a coordenadora da Atenção Primária à Saúde e Rede de Atenção à Saúde Materno Infantil da 8ª Regional de Saúde de Francisco Beltrão, Ana Letícia Pinto, o evento e o tema é de extrema relevância. “Principalmente nós, que estamos no interior, o núcleo vai nos auxiliar bastante. Viemos em quatro profissionais para Curitiba e seremos disseminadores das instruções encaminhadas aqui”.

A gestora do Consórcio Intermunicipal de Saúde CIS Amunpar, Isabel Vasconcelos, que tem experiência de mais de 30 anos como enfermeira obstetra, diz que a discussão do tema e a organização do núcleo é excelente. “Estamos tomando um rumo positivo. Isso é um passo que me deixa emocionada de participar nesse momento de novo pensamento no estado em relação às gestantes”.

O médico e professor Antônio Fernandes Moron, referência internacional na medicina fetal, é um dos colaboradores do Núcleo. Ele ressalta a valorização do tema por parte da Secretaria de Estado e a vanguarda do Paraná em relação ao tema. “Parabenizo a Secretaria de Saúde e a direção do Hospital do Trabalhador porque o Paraná passa a ser um modelo excepcional, inovador e talvez seja o primeiro modelo onde a saúde pública assimila um programa de altíssima relevância saúde pública voltado à saúde da mulher e que foi por muitos anos deixando de lado. O estado do Paraná representa um exemplo que deve ser seguido por todos os estados do Brasil”.

O anúncio do Núcleo de Medicina Fetal foi realizado na I Jornada Internacional de Medicina Fetal do Estado do Paraná, realizado nesta sexta-feira (20), em Curitiba. O evento teve a participação de aproximadamente 200 pessoas entre médicos, enfermeiros e gestores.

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Os profissionais que participaram como palestrantes e na organização da Jornada:
Antonio Fernandes Moron, Carlos Alberto Anjos Mansur, Geci Labres de Souza, Maurício Saito, Andre Hadyme Miyague, Marcos Takimura, Alexandra Pires Grossi, Acácia Nars, Carolina Bolfe Poliquesi, Karina Krajden Haratz e Márcia Krajden.

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