Técnicos da Sesa percorrem regiões Norte e Noroeste orientando sobre remoção de criadouros e canal endêmico da dengue 27/01/2020 - 16:50

Dengue
Como parte das ações de combate ao mosquito transmissor da dengue no Paraná, técnicos da Secretaria de Estado da Saúde percorrem a partir desta segunda-feira (27), as regiões de Londrina, Maringá, Paranavaí e Campo Mourão, com orientações sobre remoção técnica de criadouros do vetor, interpretação do canal endêmico da doença, orientações sobre manejo clínico e assistência aos pacientes de dengue.

Hoje e amanhã as orientações acontecem na sede da 17ª Regional de Saúde de Londrina, direcionadas às equipes que atuam na Vigilância Estadual e Municipal das 21 localidades que integram a região.

A atividade da Sesa seguirá até o dia 31; na quarta-feira será em Maringá; com a participação de profissionais de saúde de 30 municípios; na quinta, em Paranavaí, com 28 municípios e, na sexta, em Campo Mourão, com representantes de mais 25 municípios.

“O Governo do Paraná está em guerra contra o Aedes aegypti; nossa principal orientação é para a remoção técnica dos criadouros, com o olhar e a expertise dos profissionais da Vigilância. O trabalho de combate se replica nas demais regiões. São 5 mil agentes municipais realizando visitas domiciliares, imóveis comerciais e públicos com o objetivo de eliminar criatórios do mosquito da dengue”, afirmou o secretário Beto Preto.

Combate – O médico Enéas Cordeiro Filho, da Coordenação de Vigilância Ambiental da Sesa, explicou que a principal regra é a eliminação dos focos com água parada. “Estamos orientando todas equipes técnicas, mas é preciso o apoio da população nesta empreitada”, disse.

“Quando o cidadão encontra um criadouro, do tipo considerado comum, como em vasos de plantas, deve limpar o recipiente e acabar imediatamente com o acúmulo de água parada; em caso de limpeza nos quintais e imóveis, também feitas pelo próprio cidadão, este deve acionar a Vigilância Municipal para que os entulhos não fiquem depositados nas calçadas, formando criadouros da dengue, e em casos de poços e caixas d´água é preciso que os moradores vedem todas as aberturas, acabando com a possibilidade de que o mosquito se instale”, salientou Enéas Cordeiro Filho.

Outros locais que podem abrigar criadouros são as cisternas e fossas, exemplifica o técnico. “Como precisam manter um “respiro” devido aos gases acumulados, as telas são bons aliados para estes locais, e em caso de infestação maior é preciso pedir o apoio da equipe de Vigilância do município para aplicação de larvicidas,  inseticida voltado especificamente para o estágio de vida larval de um inseto e que deve ser adotado de acordo com as regras do Ministério da Saúde”.

Dengue
“O importante mesmo é que os municípios adotem a remoção técnica, com a participação dos profissionais capacitados na busca de locais com criadouros para que a eliminação seja total em cada casa, em cada imóvel. Em cidades que fizemos esta operação acompanhada por técnicos, como Florestópolis, Nova Cantu e Quinta do Sol, conseguimos redução dos índices de infestação. Estas ações são conduzidas pelo Comitê Intersetorial de Controle da Dengue, no Paraná, coordenado pela Sesa”, afirmou o secretário Beto Preto.

Canal Endêmico – Outra medida adota pela Sesa e que auxilia os municípios na prevenção é a avaliação dos registros de casos por meio do Canal Endêmico que é um método previsto pelas Diretrizes Nacionais de Controle da Dengue e pelo Guia da Vigilância Epidemiologia do Ministério da Saúde. O Canal Endêmico analisa, por meio de série histórica e de características regionais, a frequência da dengue. “Interpretando a série histórica de cada município é possível prever se os índices estão dentro da sazonalidade ou acima, indicando epidemia”, informa a bióloga Jociene Pimentel, da Coordenação de Vigilância Ambiental da Sesa.

Ações – Em Paranavaí, aconteceu neste final de semana a terceira etapa do mutirão de limpeza que percorreu vários bairros da cidade. A ação envolveu o Comitê Intersetorial de Controle da Dengue, por meio da 14ª Regional de Saúde, Secretaria Municipal de Saúde e outras instituições locais, passou por 4.807 imóveis. Mais de 150 pessoas participaram da atividade.