Com 27.889 casos confirmados e 32 óbitos, Sesa encerra o período epidemiológico da dengue 2020/2021 03/08/2021 - 16:35

A Secretaria de Estado da Saúde publicou hoje o informe da dengue no. 43 que encerra o período epidemiológico 2020/2021, com um total de 27.889 casos confirmados e 32 óbitos. Os dados foram contabilizados desde o dia 1º de agosto do ano passado.

288 municípios registram casos de dengue, nas 22 Regionais de Saúde.

O informe apresenta 93.329 notificações para a doença, também em municípios das 22 Regionais de Saúde, e aponta 2.359 ainda em investigação quanto a classificação final.

Os 32 óbitos do período aconteceram nos municípios de: Morretes (1), Paranaguá (4), Foz do Iguaçu (3), Matelândia (1), Medianeira (1), Roncador (1),Campo Mourão (1), Paraíso do Norte (1), Santo Antônio do Caiuá (1), Marialva (1), Maringá (2), Apucarana (1), Alvorada do Sul (1), Assaí (1), Cambé (2), Ibiporã (1) e Londrina (9).

Comparativo – O número de casos teve uma redução de 87,7% em relação ao período anterior. Em 2019/2020 o total de casos foi de 227.724.

Da mesma forma observa-se redução de 81,9% no total de óbitos, no período anterior foram 177.

“A dengue segue como uma das principais preocupações do Governo do Estado. A redução neste momento não é motivo para baixarmos a guarda em relação ao combate contra o mosquito Aedes aegypti,  transmissor da doença”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

“Segundo avaliação dos técnicos da Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde e da Sesa, a diminuição pode estar relacionada com o a pandemia da Covid-19 e o receio da população em procurar atendimento nas unidades de saúde, bem como uma possível subnotificação ou atraso nas notificações em consequência das equipes estarem envolvidas no enfrentamento da pandemia”, destacou o secretário.

“Por isso a Sesa enfatiza a importância do controle e eliminação dos criadouros do Aedes aegypti, com a organização dos serviços de saúde para que isso aconteça mas, principalmente, com a participação da população; o último levantamento entomológico realizado entre abril e junho deste ano comprovou que os focos do mosquito estão nas residências, em pontos que acumulam água parada. São estes criadouros que precisam ser eliminados”.

De acordo com o levantamento, 80,8% dos criadouros encontrados em pontos passíveis de remoção e elimináveis como lixo, entulhos de construção, pneus, vasos de plantas com pratos, recipientes de degelo, entre outros.

Doenças – Em relação a chikungunya, o Informe registrou 94 casos confirmados no período, além de 2 casos de zika vírus.

As doenças também são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

Os dados apresentados no Informe de hoje ainda são preliminares; os municípios e regionais de saúde terão até o mês de outubro para concluírem as investigações relacionadas ao período.

Na próxima terça-feira, dia 10, a Sesa publicará o primeiro boletim relativo ao período 2021/2022.

Ações – A Secretaria Estadual da Saúde do Paraná realizou no período epidemiológico 2020 a 2021 diversas atividades para o enfrentamento de arboviroses;  foram realizadas capacitações online via youtube para orientar os técnicos sobre o manejo clínico da dengue – e a importância do trabalho integrado entre os Agentes de Combate a Endemias (ACE) e Agentes Comunitários de Saúde (ACS), além de parceria com Escola de Saúde Pública, para o curso totalmente online, de Aperfeiçoamento de Vigilância em Saúde com ênfase em Vigilância Ambiental nas Ações de Controle de Doenças Transmitidas por Vetores e Zoonoses, com 340 participantes.

Em março de 2020 foi estabelecido, por meio de resolução (0126/2020), o Centro de Operações de Emergência (COE) com reuniões periódicas e online e com participações das Regionais de Saúde, representantes do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Paraná, Ministério Público do Paraná, Conselho Regional de Medicina, SESC, entre outros.

“Destacamos ainda que foram criadas 60 Unidades Sentinelas distribuídas nas 22 Regionais de Saúde para realizar monitoramento oportuno do início da circulação viral da dengue, zika e chikungunya; por meio de uma destas unidades sentinelas que foi identificado o surto de febre chikungunya no município de Apucarana, em abril deste ano, possibilitando uma rápida intervenção da Vigilância e Atenção à Saúde”, destacou a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde, Maria Goretti David Lopes.

“Além disso, a SESA elaborou seis Notas Orientativas para apoiar os municípios no enfrentamento às Arboviroses, desde o controle vetorial até o trabalho das equipes de vigilância e atenção à saúde, principalmente nesse momento de co-circulação viral entre Dengue e COVID-19”, ressaltou.

Confira o informe aqui.