Julho Amarelo alerta para a prevenção das hepatites virais 27/07/2021 - 12:27

A Secretaria de Estado da Saúde promoveu hoje (27) uma webinar para marcar o Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais. O evento, organizado pela Diretoria de Atenção de Vigilância em Saúde, por meio da Divisão de Doenças Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, contou com a participação de profissionais que atuam na área junto as 22 Regionais de Saúde do Estado.

O Dia Mundial das Hepatites Virais foi criado em 2010 pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, a Lei nº 13.802/2019, instituiu o Julho Amarelo, a ser realizado a cada ano em todo o território nacional, no mês de julho, quando são efetivadas ações relacionadas à luta contra as hepatites virais.

As hepatites virais são doenças infecciosas que acometem o tecido hepático fígado.

“Essas doenças constituem uma questão de saúde pública; em geral acontecem de forma assintomática e por serem silenciosas, merecem toda a atenção no diagnóstico e, principalmente, na orientação à população para a vacinação contra a doença e realização dos testes rápidos para as hepatites B e C, que são ofertados gratuitamente pela rede pública de saúde”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

Diagnóstico - O diagnóstico da doença é feito através de exame de sangue. O Teste Rápido (TR) é uma forma simples e acessível de diagnosticar a hepatite B e C. A realização do teste dura em torno de 20 minutos e conforme o resultado a pessoa recebe as orientações e os devidos encaminhamentos.

“O TR para hepatite é realizado quando há suspeita da doença ou quando a pessoa, mesmo não apresentando nenhum sintoma, foi exposta a alguma situação de risco, como ter feito sexo sem preservativo, compartilhado agulhas e seringas, lâminas e outros materiais cortantes”, informa a chefe da Divisão de Doenças Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, Mara Franzoloso.

Prevenção - A adoção de medidas preventivas é a melhor forma de evitar a contaminação pelos vírus da hepatite. “ No caso das hepatites A e B e C a forma mais segura e eficaz é a vacina e estão disponíveis em toda a rede pública do Estado”, reforça a chefe da Divisão.

A vacina contra a hepatite A é fornecida para crianças entre 15 meses e menores de 5 anos e a vacina contra a hepatite B também está na rotina do calendário da criança, sendo ampliada para todas as faixas etárias. 

“Recomenda-se ainda como prevenção, evitar contato com sangue infectado, não compartilhando objetos cortantes ou perfurantes, nem instrumentos para preparação de drogas injetáveis. Outra recomendação importante é sempre usar preservativo nas relações sexuais, além de realizar procedimentos de tatuagem e colocação de piercing somente em estabelecimentos que utilizam material descartável e/ou esterilizado”, disse.

Dados – “Ainda com todos os cuidados para assistir às demais patologias, a pandemia da COVID-19 ocasionou uma redução na execução dos testes rápidos que oscilaram entre 23% a 59%, quando comparado o ano de 2019 com o ano de 2020, reduzindo portanto o número de casos notificados apresentando no ano de 2020, 860 casos de hepatite B e 624 casos de Hepatite C”, explica a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti David Lopes.

No ano de 2019 o Paraná notificou 1.716 (15 por 100mil/hab) casos de hepatite B, 1.171 (10,2 por 100 mil/hab) casos de hepatite C.

“É importante que, especialmente neste mês “julho amarelo”, haja uma sensibilização sobre as hepatites, com atualização dos nossos profissionais e informações à população sobre a necessidade da prevenção e acesso ao diagnóstico precoce e ao tratamento oportuno”, disse.

Mundo - Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima-se que 400 milhões pessoas em todo o mundo estejam infectadas pelos vírus da hepatite B e C, mas a maior parte dos portadores sequer sabe que está doente, reforçando a hipótese que apenas uma em cada 20 pessoas com hepatite viral sabe que está doente e só uma em cada 100 com a doença está recebendo tratamento (OMS,2019).