Paraná tem novo caso de febre amarela 14/02/2019 - 16:30

Mosquito Febre
A Secretaria da Saúde do Paraná confirmou nesta quinta-feira (14) o quarto caso de febre amarela no estado, um homem, de 35 anos, que não tinha sido vacinado. O estado de saúde dele é bom e ele,  inclusive, já teve alta hospitalar. A pessoa infectada é de Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, mas o local de infecção ainda está sob investigação.  O primeiro caso foi registrado em Antonina, no final de janeiro, embora o local de provável infecção tenha sido Guaraqueçaba; e os outros dois são de Adrianópolis, classificados como autóctones (quando a infecção do vírus se dá no mesmo lugar).

Já o número de notificações passou de 38 para 115 em todo o Estado, mas 43 já foram descartadas. Portanto, 68 estão sendo investigadas. A morte de macacos, que serve como um indicador da circulação do vírus, já ocorreu em 34 municípios paranaenses, mas até agora só está confirmada a existência do vírus em Antonina, onde morreram os primeiros macacos.

Com essas ocorrências registradas desde o início do ano, todos os municípios do Paraná estão com indicação de vacinação, que é a única forma de prevenção da doença. A recomendação é que todas as pessoas entre 9 meses e 59 anos tomem a vacina, que só começa a fazer efeito 10 dias depois de tomada.

Como o período de maior incidência de febre amarela é no verão, a SESA também orienta o uso de repelente e roupas de mangas e calças compridas, especialmente os que estão fora da indicação de vacina. Idosos com mais de 60 anos, gestantes e mães em período de amamentação só podem ser vacinados com orientação médica.

A SESA garantiu a distribuição de vacina para todas as 22 Regionais de Saúde, que repassaram as doses para todos os 399 municípios do Paraná. Os sintomas iniciais da febre amarela são febre alta de início súbito, associada a dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômitos, dor no corpo e dor abdominal. O problema é que esses sintomas podem ser confundidos com outras doenças como leptospirose, gripe ou dengue. Por isso é importante que o atendimento médico seja procurado aos primeiros sintomas para receber os cuidados necessários.

A Secretaria também está trabalhando na chamada busca ativa de pessoas não-vacinadas, alertando que não se trata de uma campanha realizada em um dia específico. Ao contrário, as vacinas estão disponíveis todos os dias em todas as unidades de saúde do Paraná. Os registros revelam que a cobertura vacinal em menores de 1 ano, em 2018, é de 74%. No total, estima-se que 5 milhões dos 10,5 milhões de habitantes do Paraná não estejam imunizados.