Sesa alerta para casos de SIM-P entre crianças e adolescentes 22/09/2020 - 16:57

A Secretaria de Estado de Saúde está monitorando os casos de Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P), uma doença considerada rara que pode estar associada ao coronavírus. Os sintomas da SIM-P podem aparecer até quatro semanas após a exposição à Covid-19 em crianças e adolescentes de zero a 19 anos.

Com objetivo de identificar se a síndrome pode estar relacionada à Covid-19, o Ministério da Saúde (MS), em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), emitiu em maio um alerta orientando sobre o manejo clínico e a importância da identificação precoce dos casos de SIM-P no Brasil.

Em julho, o MS publicou a nota técnica nº 16/2020-CGPNI/DEIDT/SVS/MS, que orienta sobre como a notificação deve ser realizada pelos serviços de saúde ao identificar crianças ou adolescentes que preencham a definição de caso através dos sinais e sintomas mais comuns.

“Trata-se de uma medida de vigilância em saúde, é muito importante que os serviços de saúde notifiquem no sistema sobre os possíveis casos desta doença, prestando atenção nos sintomas, principalmente se a criança ou o adolescente tiveram a confirmação laboratorial de coronavírus, pois isso pode remeter à hipótese de associação entre a SIM-P e a Covid-19”, disse o secretário de Saúde, Beto Preto.

SINTOMAS – Os sintomas são febre persistente, conjuntivite, edema em extremidades, manchas no corpo, dor abdominal, manifestações gastrointestinal (vômito e diarreia) e elevados marcadores inflamatórios, sendo que os sintomas respiratórios nem sempre estão presentes.

DADOS – No Brasil, Até o dia 22 de agosto, dados do Ministério da Saúde mostram que foram notificados 197 crianças e adolescentes de 0 a 19 anos; destes 14 foram a óbitos pela SIM-P temporalmente associada à Covid-19. No Paraná, até a presente data, segundo levantamento da Sesa, foram notificados dez casos; seis do sexo masculino e quatro feminino; com idade entre três a 16 anos. Quatro já tiveram alta hospitalar, três foram a óbito e três permanecem em investigação. Os casos ocorreram nos municípios de Curitiba (7), Fazenda Rio Grande (1), Realeza (1) e Medianeira (1).