Sesa amplia estratificação de risco para as crianças até dois anos de idade 05/05/2021 - 12:18

A Secretaria de Estado da Saúde está ampliando em todo o Estado a estratificação de risco de crianças. O acompanhamento que vinha sendo feito em crianças de até um ano de idade, foi estendido para até dois anos, como forma de oportunizar cuidados mais amplos, adequados e especializados.

“Esta ampliação significa o monitoramento de todas as crianças que nascem nas maternidades e hospitais da rede pública com aumento do número de consultas entre o 1º e 24º mês de vida, além da oferta de atendimentos multiprofissionais; nossas crianças precisam deste acompanhamento, pois é um período importante e sensível da primeira infância, em que elas evoluem de forma muito rápida necessitando de um olhar ampliado”, afirmou o secretário de Estado da Saúde Beto Preto.

Monitoramento – A estratificação de risco começa na alta da maternidade ou na visita domiciliar e o acompanhamento é realizado pela Atenção Primária em Saúde, nas unidades básicas de forma exclusiva ou compartilhada com a Atenção Ambulatorial Especializada.

As crianças são estratificadas por três estágios: risco habitual, a que todas estão expostas; risco intermediário, quando apresentam sinais que alertam para uma assistência com maior frequência, e o alto risco, quando apresentam doenças graves congênitas, malformações, testes de triagem alterados, desenvolvimento psicomotor insatisfatório, desnutrição ou obesidade.

“Dependendo do risco apontado na estratificação, a criança seguirá um protocolo de cuidados e a principal meta da Sesa, com esta ampliação da faixa etária atendida, é aumentarmos a oportunidade de atuação, de prevenção e de promoção de assistência. A continuidade do cuidado é um dos princípios que devem ser garantidos à criança, por isso estamos implementando a oferta neste novo modelo de estratificação”, afirmou a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti David Lopes.

Programação – O calendário de consultas foi ampliado em todos os grupos de risco; crianças que apresentam alto risco terão 16 consultas programadas, são 8 a mais que na estratificação anterior, e contarão ainda com 6 atendimentos multiprofissional especializado, 2 a mais que o anterior; crianças classificadas de risco intermediário terão 14 consultas programadas, com o acréscimo de 6 consultas, e as crianças com risco habitual terão 9 consultas, o que representa 2 consultas a mais.

A nova metodologia de estratificação já foi pactuada pela Comissão Intergestores Bipartite (CIB) na semana passada, envolvendo assim o entendimento colegiado entre Estado e municípios sobre as mudanças.

“É uma grande mudança que vai permitir melhor acompanhamento das crianças, reconhecendo os diferentes graus de risco de cada uma. As 22 Regionais de Saúde participaram da discussão da ampliação da estratificação e agora já estão repassando as medidas para os municípios; no final deste mês faremos uma avaliação do modelo com a participação de todas as equipes envolvidas”, informou a chefe da Divisão de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente, Jéssica Dinardi.